BELA LEVEZA
LEVE BELEZA*
bela a leveza, me
lembra tristeza e alegria,
não a que dura madura
na maçã futura,
a do corpo olhando as
Cies é das irmãs
jungidas dos pés à
cabeça criam o amor
ambas gestavam
ocultas no primeiro dia
leve a beleza das
flores da sabedoria
som que perdura na
pura nudez da candura
do parto gerânio da
vida é das manhãs
urdidas nas mãos
duendes relevam a dor
âmbar a cor da leveza
a razão chamaria
teve a destreza dos
braços as asas antigas
aveva pura na pélvis
das evas ternura
a do prato de carne de
dentes caninos
leveza pluma destreza
da vida flutua
*
Elaborado,
on-line, no ENTRECAMPOS de Escritas em 29.07.2006, às 20 h de Lisboa, Portugal
e revisto em 02.03.2010, às 10:45 h de Rio Branco, Acre, Brasil.
Poema
publicado in
ANTOLOGIA
DE ESCRITAS NO 7. Portugal: Quilate, 2010. p.24